Meu coração é uma rocha que se desdobra em pó.
Minhas unhas se cravam em minha carne úmida.
Cuspo sangue. Escorrem em mim lágrimas e suor.
Ressaca incômoda, que não me atarefa nem cansa,
precipita-me no vão dos dias que surgem.
Escorro meus dedos pelas paredes da casa.
Ouço o silêncio que a escuridão propicia.
E, mesmo assim, não dói mais viver:
Tenho aqueles olhos pra lembrar...
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