A página etá posta sobre a mesa esperando que se rompa o silêncio com a palavra silêncio.
Ansiosa espera que tanto e muito pesa pela razão do descontentamento vindo do vício.
Vindo de um espaço oco do coração, palavras brotam e tudo destroem...
A inutilidade do papel e da caneta perante o poder da hipocrisia e outros hábitos.
Nada pode evitar que seja cumprida a meta de combinar maldade com mentira.
O sonambulismo do ser diante da vida fútil impede as mudanças necessárias.
Gritos ferem. Mas tudo é inútil...
Tudo é imprestável. Tudo é cego. Tudo é feio.
A contradição contra nada diz, à tudo é favorável.
Seguimos a mesma estrada de um mesmo mundo deplorável.
Compadeço-me com o quê? Com nada mais...
Espero apenas o quê? Apenas o fim.
E comigo ele tarda...
Pesa-me o vício pelo silêncio.
Na mesa está servido, em fatias, meu coração.
O hábito inútil de querer mudar o mundo pela caneta.
Ouço os gritos que vêm do meio do tufão.
A única coisa favorável é o fim.
Mas ele sempre tarda...
13/02/98
Nenhum comentário:
Postar um comentário