Olho o rosto à minha frente.
Sou eu que me encaro, tenho certeza.
Mas não me reconheço.
Tenho vontade de ter uma lâmina que recorte essa face (qualquer das duas...) e obrigue-nos a revelar nossos rostos verdadeiros.
Misturam-se, em mim, o horror e o nojo da visão que me empalidece nestes dias trêmulos.
Não é um espelho, reflexo ou sonho.
Sou eu, à minha frente, preso ao meu desconhecimento e descontentamento.
Prisioneiro de mim mesmo e do silêncio que me sufoca.
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